O TIRO SAIU PELA CULATRA
A vida tem dessas coisas... nos deparamos diante de situações e fatos que parecem até brincadeira, mas o fato hora narrado ocorreu em algum lugar do Rio de Janeiro.
O telefone toca....o atendente diz: _alô..alô. A pessoa do outro lado da linha, pede o numero de uma tal casa de artigo religiosos, antes porém, pede um minuto da atenção do simpático atendente, que rapidamente diz: __pois não pode falar senhora, em que posso ajudá-la. __Moço, estou com um problemão, sou pobre, e não sei o que fazer para trocar as mercadorias que minha mãe comprou para fazer obrigação. O pai de santo disse que se eu não fizesse iria morrer. Aconteceu o contrário: Ele morreu, estamos endividadas e não temos dinheiro para pagar. Será que a loja devolve o dinheiro? Agora estou com o tal feitiço que pai de santo disse e sem dinheiro..o que vou fazer?
__Senhora o dinheiro pode se dá por perdido, com relação ao feitiço procure uma igreja protestante para ser exorcizada, ficará com menos um problemão.
Concluiu o atendente fanfarrão achando que deu um conselhão.
O OSTRACISMO DO PODER
Palestrando em uma universidade do Rio, um ex-prefeito declarou __ Política é a disputa pelo poder. Que o tal poder mexe com a cabeça de muita gente, ninguém tem duvida.
Isso me faz lembrar o Prudêncio de Novaes, um homem apaixonado pelo Poder, que administrou um mercado livre com mão de ferro durante muitos anos. O afastamento “de o tal Poder” o deixava delirando e angustiado.
Novaes, quando chegava ao mercado lembrava com nostalgia os velhos tempos que passaram. Caminhava pelos corredores cumprimentando a todos “os contemporâneos” com um largo sorriso que lhe fazia brilhar seus dentes de ouro. Quando tinha oportunidade lembrava os bons tempos do Poder no qual teve acesso e aos celebres políticos de sua época.__ Já cumprimentei JK, Negrão de Lima e até Café Filho... Foi bem relacionado no mundo da política. Convidado a uma reunião, onde se encontrava vários políticos renomados, teve seu nome citado pelo governador em exercício. Novaes passou mal, foi muita emoção para seu frágil coração mortal.
Chegou um tempo que Novaes exigia ser lembrado__ já não queria ser ignorado__ pedia ao anunciante do mercado livre que anunciasse sua presença. Conquistou afeto e desafeto em sua trajetória no Poder. Ganhou a amizade do anunciante, que conversando lembrava com saudades seus velhos... Velhos tempos no poder dentro do mercado livre.
Certo dia disse ao seu amigo anunciante__Quando eu morrer se você não anunciar meu falecimento, voltarei para puxar sua... perna, encerrou o velho comandante.
Pobre Novaes não sabe que o mundo dos mortos não tem “Poder” para interferir no mundo dos Vivos.__Pensou o anunciante.
O HOMEM DE UM NOME SÓ
José, veio do interior do país, juntamente com sua família para tentar a sorte na cidade grande. Não foi feliz, pois a vida mudara seu destino. Sua mãe para buscar o sustento para prole, deixou José em uma casa vizinha, com a promessa de retornar assim que um trabalho conseguisse.
A saga de José começou, quando a moça que o criava teve que se mudar para outro domicílio. Foi registrado no cartório da cidade: José, filho de pais ignorados, sem descendência e genealogia, que o fazia lamentar. Perdeu o contato com sua verdadeira família.
Zé, como era chamado pelos mais chegados, cresceu revoltado com a vida. Tirou carteira de identidade, obteve certificado de reservista, constituiu família, porém, não pode se casar e registrar seus filhos que cresciam, pois era homem de um nome só.
A televisão mudou sua pacata vida, tudo aconteceu em um programa de polícia. Quando foi resolver sua confusa vida, ficou famoso, e descobriu sua verdadeira origem. O apresentador ficou emocionado com que sua mãe dizia: Que estava certa que um dia o encontraria.
Ficou sabendo que não era o único com história parecida, e que de fato a sorte lhe sorria, mundano sua história e mostrando uma nova perspectiva. Passou assinar:José Filho do Brasil É. Feliz com a vida que adquirira, se reunia com a nova família, para ouvir partes que o destino lhe escondia.
O BISONHO
Época de formatura dos conscritos (alunos) que passaram a prontos (soldados), grande euforia, pois se tornaram militares das forças armadas. Partiram para um sitio afim de comemorar em alto estilo uma nova etapa de suas vidas. Comida, churrasco e muita cerveja, a festa estava bombando. Porém, meninas que era bom nada. Sargentos, Cabos e Oficiais se fartavam de tanta comida e bebidas que rolavam a vontade, com a galera não tinha miséria.
A rapaziada se levantou para reverenciar “Gordinho” que chegava em destaque, parecia um sultão no meio de tantas mulheres. Todos queriam servir as meninas que com ele chegavam. A grande sensação foi quando as belezuras resolveram colocar seus minúsculos biquínis e caírem na piscina, o alvoroço foi geral. Tinham muitos apreciadores, que na verdade pareciam comentaristas de futebol que não perdem um lance sem desviar a atenção.
Tudo era alegria para os soldados recém-formados. Olharam para o portão de chegada, quando viram chegar “Bisonho” em uma moto de dar inveja a qualquer mortal. De cor vermelho metálico, 700 cilindradas, brilhando de nova. Bi (como era chamado pelos mais íntimos) foi o centro das atenções.
A mais bonita entre as mulheres, dotada de um corpo escultural, cheio de curvas e com um pequenino biquíni asa delta rosa, gostou de Bisonho. Parecia que foi amor a primeira vista. Não demorou muito para que eles se tornassem íntimos, e caíssem na piscina sem uma alma se quer. Os deuses conspiravam em favor dos pombinhos. Todos foram a beira da piscina apreciar o espetáculo de mulher, que de mãos dadas conversavam como se conhecessem há muito tempo.__Não sei nadar_ Disse a beldade. Deixa comigo! __Concluiu Bisonho cheio de amor para dar.
O que ele não sabia é que a piscina tinha uma parte rasa e outra funda. Conversa vai e conversa vem, quando de repente... Caíram na parte funda e gritaram um oníssono socorro. Foi uma correria só. Todos queriam salvar a beldade, que mais parecia ter saído da mitologia grega.
A Gata foi salva e Bisonho quase morreu afogado. Na beira da piscina falava baixinho para si mesmo, eu não sei nadar... Levantou-se. Pegou sua linda moto. Foi embora. Sem falar com o pessoal que não saía de encima da bela e desejada mulher.
POLITICA TEM DESSAS COISAS
Um grande politico, já falecido, (que Deus o tenha) foi visitar um grande Mercado Popular, em época de Campanha Eleitoral. Acompanhado por candidatos a Presidência e ao Senado Federal, e repleto de velhos conhecidos na Politica Nacional. Foram recebidos pela, diretoria local, que com satisfação os convidaram para falarem na Rádio local. Os Candidatos junto com cabos eleitorais, que de posse de bandeirolas, apitaço e gritos de guerra diziam: sou beiçola até morrer!! Sem demora foram diretos para a Rádio local.
O comunicador muito simpático os receberam e os apresentaram no microfone para a clientela que vorazmente comprava.
-Boa tarde senhores clientes! Estamos recebendo velhos políticos conhecidos por todos nós e vocês terão a oportunidade de ouvi-los...
Apresentou um por um e todos tiveram a oportunidade de falar como queriam e como desejavam, porém, quando chegou a vez de Raposa... o som parou!
O comunicador ficou desesperado. Governador! Governador... o som parou! Nada dele ouvir. Correu e comunicou a assessora do politico que logo interveio.
_ Governador! O som parou!!
Ele continuou como se quisesse concluir o raciocínio, e logo disse:
- Isto é coisa do demônio!! Estão conspirando contra mim!! Em Politica tem dessas coisas... O comunicador correu e chamou o eletricista, que prontamente verificou que era o fusível que tinha queimado, devido ao longo tempo ligado. Raposa, indignado olhou para um velho funcionário do “Mercado”, que próximo estava, achando que era culpado pelo som ter desligado, e baixinho disse para o pobre coitado: - Politica tem dessas coisas meu caro! Com olhar de revolta e inconformado, saiu sem olhar para trás, achando que a conspiração estava armada.
